O movimento sindical precisa se reinventar
E isso é um grande desafio de todos nós
 
Especialmente nos últimos dois anos, a perseguição contra o sindicalismo brasileiro aumentou. Criminalizaram um movimento legítimo e julgaram todos, sem exceção, como vagabundos, ladrões, enganadores, entre outros adjetivos. Milhares de trabalhadores prestadores de serviços em entidades sindicais foram demitidos, em razão da retirada da contribuição sindical. Muitos Sindicatos, de fato, acabaram e não conseguem mais viver com as taxas associativas mensais.

Mas esses ataques nos remetem a duas importantes reflexões:

1) O movimento sindical tem sido atacado porque tem a sua história, o seu valor, a sua atuação permanente, e incomoda demais;

2) É preciso se reinventar, atualizar o discurso, e crescer em meio a tantas dificuldades e perseguições.

PRIMEIRO PONTO
A união dos trabalhadores em torno de um Sindicato é uma boa ideia?

Sim, sem dúvida. O movimento sindical, como a instituição responsável pela defesa dos direitos e interesses individuais e coletivos da classe trabalhadora, foi uma das invenções mais criativas da humanidade. Ele organiza, forma, mobiliza e traz poderes e equilíbrio aos trabalhadores nos embates com o Governo e certas mentalidades conservadoras na sociedade.

Seu principal valor está em reconhecer a existência do conflito e permitir a sua solução de forma negociada, com regras que asseguram igualdade de condições entre empregadores e trabalhadores. Organizado em Sindicato, o trabalhador será representado por uma entidade e não terá que se expor isolado ou individualmente no enfrentamento com o patrão.

A luta passa a ser coletiva, protegendo o trabalhador de eventual perseguição, garantindo força para a conquista, vocalizando desejos, ampliando a voz de cada um, criando respeito, valores e direitos.

O que faz um Sindicato?
As organizações sindicais, de um modo geral, e os Sindicatos, em particular, exercem quatro macrofunções, quais sejam:

a) organizar, representar e defender os direitos dos trabalhadores da categoria profissional, inclusive como substituto processual;

b) negociar ou promover a contratação coletiva, podendo realizar movimentos paredistas (greve) na hipótese de recusa patronal;

c) formar para cidadania, que consiste em promover cursos, seminários, simpósios, congressos e mobilizações para desenvolver o senso crítico dos trabalhadores;

d) lutar por justiça social, o que pressupõe participar e influenciar as decisões e processos políticos para que haja equidade na distribuição da riqueza, com garantia de dignidade ao trabalhador durante sua vida laboral e na aposentadoria.

SEGUNDO PONTO
Acompanhar as transformações da sociedade como um todo, renovações tecnológicas e de pensamentos também são desafios concretos. A reinvenção de um discurso que alcance o trabalhador, sabemos, sem dúvida, não será uma tarefa fácil. Mas, nós do Singuesp, estamos empenhados. Não estamos parados e a cada momento temos trabalhado forte para nos reinventarmos.

E você, trabalhador, do setor de Guincho, será o principal protagonista neste processo. Juntos vamos avançar. Unidos traremos renovação para assim mantermos nossos direitos e conquistar novos avanços!

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Francisco José Pereira da Silva (Chicão) é presidente do Sindicato dos Guincheiros Removedores de Veículos do Estado de São Paulo (Singuesp)
e secretário executivo da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
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